Uma boa definição histórica sobre nós (nazarenos) foi dada por Epiphanius de Salamina, que nos classificou como heréticos. Apesar de não sermos favoráveis a ele, entendemos que há valor histórico na sua declaração, por isso decidimos transcrevê-la:
“Esses sectários, não se autodenominam cristãos, mas nazarenos. Entretanto, eles são simplesmente completos judeus. Eles usam não somente o Novo testamento (Ketuvim Netzarim) mas também o velho testamento (Tanakh), como os judeus fazem.
Eles não têm ideias diferentes mas professam tudo exatamente como a lei proclama, e do modo judaico. A não ser pela sua fé no Messias, se é que dá pra entender, pois eles reconhecem a ressurreição dos mortos e a criação divina de todas as coisas.
Declaram que Deus é um e que seu filho é Yeshua, o Messias. Eles são treinados no idioma hebraico e estudam a Torah inteira, assim como os profetas são lidos. Eles são diferentes dos judeus e diferente dos cristãos pelo seguinte:
Eles discordam dos Judeus Rabínicos pois crêem em Yeshua, mas eles ainda têm como referência de conduta a lei (circuncisão, o sábado etc.), e portanto eles não estão de acordo com os cristãos.
Eles não são nada, mas apenas judeus. Eles têm o evangelho de Mateus na sua inteireza em hebraico , como escrito originalmente.”
Ref. (Epiphanius de Salamina, Panarion 29 contra todas as Heresias, pg 128 e 129, seção 2 – 374 dC)
Epiphanius de Salamina foi um bispo da cidade de Salamina e metropolita da ilha de Chipre, no final do século IV. Ele ganhou uma reputação como um forte defensor da ortodoxia cristã.
É também conhecido por ter escrito um enorme compêndio do que ele considerava heresias que ameaçavam o cristianismo primitivo até o seu tempo.
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Uma vez que o judaísmo se enfraquecia, e à medida que os Netzarim originais desapareciam e o cristianismo surgiu de dentro deste grupo.
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