Parashat Yitró/Jetro (Abundância)

Parashat Yitró/Jetro (Abundância)  יתרו פרשת

Ex. 18:1-20:26
Is. 6:1-7:6; 9:6-7
Mt 27:1-28:20  

A porção de Yitrô inicia-se com o sogro de Moshê chegando ao acampamento do povo judeu no deserto, onde é saudado calorosamente por grande quantidade de pessoas.

Yitrô desejou juntar-se a eles quando ouviu falar de todas as maravilhas e milagres que D’us realizara para o povo judeu durante o êxodo do Egito.

Quando vê que Moshê está agindo como único juiz do povo desde o amanhecer até a noite, Yitrô declara que este sistema jamais funcionará.

Sugere portanto que juízes subordinados sejam designados para julgar os casos menos importantes. Moshê concorda com este plano.

O povo judeu chega ao Monte Sinai e prepara-se para receber a Torá. Moshê escala a montanha e D’us lhe diz para transmitir ao povo de que serão para Ele como um tesouro entre as nações.

Após três dias de preparação, finalmente chega o momento da revelação, e em meio a trovões, raios e o som do shofar, D’us desce sobre a montanha e proclama os Dez Mandamentos.

Moshê então sobe à montanha para receber o restante da Torá de D’us. A porção é concluída com vários mandamentos referentes à construção do Altar no Templo.

Foi reconhecido pelos estudiosos antigos que este capítulo estava fora de ordem cronológica. A menção das Leis de Deus, e de Moisés ensinando as LEIS e depois julgando as pessoas, só poderia ter ocorrido depois que a Lei foi dada no Monte Sinai.

Êxodo 18:1. Ora Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel seu povo, como o SENHOR tinha tirado a Israel do Egito.

Uma curiosidade:

יח  וַיֵּלֶךְ מֹשֶׁה וַיָּשָׁב אֶל-יֶתֶר חֹת. 18 And Moses went and returned to Jethro his father-in-law, and said unto him

De acordo com um antigo Midrash Rabínico (comentário) o nome de nascimento de Jetro era Yeter  יתר de ‘Yatar’ (restante).

No original o nome aparece como Yeter e não Yitro em êxodo 4:18 e foi mudado devido a sua conversão, para Yitro יתרו (Abundância).
 
A letra hebraica ‘vav’ foi adicionada no final do seu nome após sua conversão ao D’us de Abraão, Isaque e Jacó, formando o nome Yitro יתרו (Abundância) para honrá-lo.
 
Jetro também ficou conhecido como Reu’el (Amigo de ElNm 10:29

Lembremos que o monte de Deus onde Moisés estava liderando os israelitas era o mesmo lugar em que Moisés teve um encontro com Deus na sarça ardente.

Êxodo 18:7 Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda.

Moisés correu para encontrar seu sogro e caiu diante dele. Este era um sinal tradicional de respeito dado ao chefe da família, que era Yitro.

E, ouviu Moisés contando milagres após milagres que o Eterno havia feito para salvar Israel e devastar o Egito.

Êxodo 18:10-11 E alegrou-se Jetro de todo o bem que o Senhor tinha feito a Israel, livrando-o da mão dos egípcios.
E Jetro disse: Bendito seja o Senhor, que vos livrou das mãos dos egípcios e da mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos egípcios.Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os sobrepujou.

.Muitos estudiosos pensam que temos aqui um relato da conversão de um gentio à religião dos hebreus. Yitro não era um israelita.

E, embora ele seja chamado sacerdote, ele não era sacerdote do Eterno, mas de alguma outra religião. A ÚNICA tribo sacerdotal de Israel eram os levitas, e o levita Aaron como sumo sacerdote.

E, não há indicação de que Yitro possa ter sido um levita; portanto, para oferecer um sacrifício no altar de Israel, ele teria que ser um sacerdote do Deus de Israel.

No vers 11 Yitro confessa que Yehová é maior que os outros deuses.

E ele segue adiante, fazendo um sacrifício ao Eterno, na presença de Moisés, Arão e todos os anciãos de Israel, e termina com um jantar.

Essa era a maneira comum de fazer um pacto, um B’rit. E aqui vemos que o que Yitro fez foi fazer um pacto com Moisés, provavelmente declarando sua aliança com o Eterno e com Israel.

Será que ele desistiu de seus outros deuses? Ele agora crê que existe apenas um Deus e seu nome é Yehová? Provavelmente não.

Ele simplesmente reconheceu que Yehová era o Deus dos hebreus, e era o Deus principal porque em geral, era assim que Yehová era visto (como o maior deus dentre muitos outros deuses).

Moisés passou muito tempo junto com Yitro, dizendo a ele alguns dos detalhes dramáticos da sua jornada. Yitro ficou tão impressionado que queria fazer desse Deus o seu próprio D’us.

Em essência, Yitro se tornou um israelita, embora não esteja totalmente claro se  Yitro desistiu de sua identidade midianita, e se tornou um hebreu.

Após à cerimônia de conversão de Yitro, Moisés estava sentado agindo como juiz do povo; árbitro de disputas. Tinha uma longa fila de pessoas esperando para apresentar suas reivindicações; dizem que as pessoas ficavam na fila do nascer ao pôr do sol.

Yitro observou isso e, no momento apropriado, aconselhou Moisés. Fica claro no vs15, que Moisés não apenas julgava os assuntos legais como também era o conselheiro espiritual.

Yitro  ofereceu  a Moisés um conselho que em essência era estabelecer um tipo de sistema de governo, com juízes menores e juízes principais, e assim por diante.

Agora, o sistema organizacional estabelecido parece muito semelhante ao sistema greco-romano estabelecido após 1000 anos: líderes para 1000, líderes para 100, líderes para 50 e líderes para 10.

Israel estava muito bem organizada: as instruções e mandamentos rapidamente eram espalhados para o povo, e os conflitos diários foram sendo resolvidos.

Desde Genesis eu chamo atenção especial aos vários padrões de Deus, porque essas são estratégias que serão usadas pelo menos até Jesus voltar.

Deus estava mostrando a Moisés e a Israel que eles podiam confiar em Suas leis, regras e estruturas. Esses mandamentos não mudavam de acordo com o humor de Deus.

O que isso significa para nós é que a ordem, os métodos que Deus usou nos tempos bíblicos e no estabelecimento da Torá ainda estão em vigor hoje e vemos os eventos das profecias daqueles tempos acontecendo hoje e outros revelados que acontecerão no futuro.

1) Ramessés- 1º acampamento  2) Sucote– coluna de Nuvem e fogo 3) Pi-Hairote – Travessia

4) Mara 5) Elim- 12 fontes de agua 6) Deserto de Sim- Maná e cordonizes 7) Refidim –Amaleque

8) Monte Sinai (Monte Horebe- 10 mandamentos ).capítulo 19 É o terceiro mês dos israelitas fora do Egito ou como é chamado em hebraico, Mitzrayim.

Deixar o Egito significa ir além daquelas forças que nos impede de expressar quem realmente somos. A ideia de deixar o Egito nos lembra, de certo modo, que todos nós somos escravos de algo.

Seja de vícios,de remédios,de arrogância,de orgulho,de falta de humildade,da maldade, da inveja….

A noite do Pessach é uma ocasião de nos lembrarmos que fomos libertos e que o Pêssach é a “Estação da Nossa Liberdade”. Segundo Rachi, todo ano, há um “êxodo do Egito.” E devemos nos esforçar para participarmos dele e romper com tudo aquilo que nos escraviza.

O movimento Chabad Lubavitch(1698 Russia – Judeus ortodoxos presentes no mundo inteiro. Eles tem como principio o Prazer e Entusiasmo no atendimento aos desejos de D’us, calor e afeto no relacionamento com os outros – são as marcas de identificação do Chabad-Lubavitch)

Este conceito está refletido no costume de não recitar a passagem

“Chasal Sidur Pêssach”  סִדּוּר פֶּסַח  חזל (“O Seder de Pêssach está concluído”) que outros recitam.

A intenção dessa omissão é enfatizar que nossa experiência de Liberdade deveria ser contínua. Durante todo o ano, devemos olhar para o que nos escraviza e dar início a um novo padrão de crescimento  espiritual”.

Diante disso, espera-se um encontro com Deus, que mudaria nossas vidas. Porque o Eterno estava tirando Israel do Egito para que eles pudessem se encontrar com Ele, na Terra Santa na Montanha de Deus com o único propósito de estabelecer um novo relacionamento com os filhos de Jacó.

O Eterno preparava Israel há centenas de anos, passo a passo, para esse momento importante.

Ele havia criado uma cidade separada por meio de Jacob, permitindo que ele vagasse por uma terra que não era dele,

depois residisse temporariamente e se tornasse uma grande nação, outra nação acabaria escravizando-os, e finalmente o Eterno os resgataria da mão de seus opressores.

Ele permitiu que o povo fosse testemunha de grandes milagres; Ele demonstrou que Israel era um povo separado ou, como a Bíblia diz, Deus fez distinção entre Israel e o resto do mundo.

Eterno os conduziu pessoalmente através da sua presença visível pelo meio do deserto; Ele os alimentou e deu-lhes água através de meios sobrenaturais, e lutou por eles e derrotou seus inimigos.

Como resultado de tudo isso será que Israel havia mudado nos últimos três meses desde que deixou o Egito? Sim e não.

SIM, no sentido de que agora eles estavam plenamente cientes de que o poder de Yehová não tinha limite e agora eles TEMIAM o Eterno.

NÃO, no sentido de que a FÉ em Yehová ainda era pequena, eles ainda não entendiam que o Eterno NÃO era apenas o Deus de Israel, mas que ele era o único Deus e ponto final.

O SENHOR está prestes a formar um relacionamento nunca antes visto entre Deus e o homem.

A aliança de Abraão foi uma promessa a Abraão de que seus descendentes seriam muitos, e que o próprio Senhor forneceria uma terra já escolhida para seus descendentes viverem e que através desses descendentes todas as famílias da Terra seriam abençoadas.

Abraão não tinha obrigação. O que o Senhor faria não tinha nada a ver com o modo como ele se comportava ou com as ações de Abraão.

A aliança que o Senhor estava prestes a fazer no Monte Sinai era fundamentalmente diferente da aliança abraâmica: o povo de Israel tinha obrigações a cumprir. A maneira como Deus iria responder dependia de como Israel se comportava.

No versículo 2, Israel alcançou o sopé da Montanha Sagrada; e Moisés começa a escalá-lo, provavelmente indo para o mesmo lugar onde encontrou com Deus, na forma de um arbusto em chamas.

Êxodo 19:3-6 ….Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo….

Primeiro, você não está aqui por merito. Aniquilei os egípcios. Trouxe vocês para este lugar e agora os trago para mim mesmo, porque escolho fazê-lo.

Segundo, você ouve, aceita e segue a Aliança que estou prestes a lhe dar, e então você se tornará minha propriedade, meu próprio tesouro.

Terceiro, Se você seguir esta aliança, serão considerados como um reino de sacerdotes e um povo santificado.

A aliança sob a qual Israel estava operando naquela época era a aliança de Abraão.

A aliança no Monte Sinai não substituiu a aliança que Deus havia feito com Abraão, 600 anos atrás.

Esses dois pactos tinham que ser complementares, trabalhando juntos.

No que diz respeito à Aliança em Yeshua, o Messias, alguns elementos das alianças anteriores foram transformados na essência maior para a qual as alianças estavam apontando.

Por exemplo, o sistema de sacrifício que usa sangue animal para redenção do pecado (que realmente começou com Adão e Eva) seria transformado em sua maior essência com Yeshua;

Seu sangue era o sangue verdadeiro que redimia o pecado e, portanto, o sacrifício de Yeshua foi o último sacrifício pela redenção dos pecados.

O sistema de sacrifício não terminou, e realmente NÃO MUDOU ao contrário, foi transformado; O sangue de um inocente ainda era necessário para resgatar pecados.

Assim, toda vez que, com fé, contamos com o sangue de Yeshua como tendo redimido nossos pecados, estamos cumprindo o objetivo, o propósito e o espírito do sistema de sacrificial.

Há 3 grandes alianças bíblicas: As Alianças de Abrahão, de Moisés, e de Yeshua.Cada uma conectada entre si, e não se pode chegar a uma sem as outras.  

As três Alianças feitas por D’us tem um elemento chave em cada uma delas que é um Sinal, ou um memorial ou um ritual.

O sinal para a Aliança Abramica é a circuncisão masculina.

O sinal da Aliança Mosaica é o sétimo dia – Shabat. A observância do Shabat é como um sinal por aceitar o senhorio de D’us sobre sua vida.

Só para lembrar Romanos cap.11: todos aqueles gentios (cristãos) são enxertados na Oliveira que é Israel e participam das mesmas promessas e alianças.
 
A terceira grande Aliança, é a Aliança em Yeshua o Messias, o sinal para esta Aliança é o recebimento do Ruach Hakodesh – Espírito Santo de D-us, colocado nele pelo próprio D’us.

Observe esta progressão interessante: o sinal da primeira Aliança está na carne – a Circuncisão – Brit Milá.
 
O sinal da segunda Aliança está na alma (o livre arbitro), na vida que voce deve escolher que é a obediência aos mandamentos de D’us.

O sinal da terceira Aliança está no “espírito”, D’us faz morada no seu povo através do Seu Ruach Hakodesh .

Este é um sinal que você vai se transformando em uma “nova criatura” onde os mandamentos de D’us são escritos no seu coração, já não é uma escolha obedecer, pois voce já faz parte desta “nova criatura”.

Deus não criou uma aliança primitiva com Abraão e, em seguida, criou uma aliança mais avançada, com Yeshua . Cada um desses convênios foi criado e permanece perfeito e intacto para o propósito que Deus planejou para cada um deles.

E, certamente, algumas partes desses convênios estão ficando mais velhas, como Paulo diz em  Hebreus 8:13 Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.

Porque, com o passar do tempo, mais termos de cada pacto estão próximos da plena conformidade; quanto mais antigo o pacto, mais termos foram cumpridos.”

Por exemplo, na Aliança Abraâmica, Israel recebeu a promessa de uma terra própria e agora a possui. E, os descendentes de Abraão certamente abençoaram todo o mundo gentio e hebreu.

Na Aliança de Moisés, o propósito do sistema de sacrifício foi concretizado com a morte de Yeshua.

Mas, o propósito da Lei que mostra aos homens o que agrada e o que não agrada ao Eterno, continuará até o Reino do Milênio.

Até a Nova Aliança tem coisas que foram cumpridas: o filho do rei Davi (o Messias Yeshua) já veio e se foi e nos redimiu de nossos pecados.

Isso significa que a Nova Aliança agora está obsoleta, apenas porque tem 2000 anos e alguns de seus termos foram cumpridos? Claro que não.

 A Aliança Abraâmica é a mais avançada em termos do que foi cumpridos, a Aliança de Moisés tem muitos elementos cumpridos, mas há os que não foram cumpridos, e a Nova Aliança tem alguns elementos cumpridos, mas ainda há muitos,muitos mais a serem cumpridos (como a volta de Cristo, a salvação de todo o Israel, a destruição do Armagedom e o estabelecimento do Reino do Milênio).

Os três pactos são necessários, todos ainda são válidos e apenas alguns estão mais perto de cumprir o objetivo de cada um de seus elementos do que os outros.

Não confundir:

-ANTIGA ALIANÇA COM ANTIGO TESTAMENTO.
-NOVA ALIANÇA COM NOVO TESTAMENTO.
-ANTIGA ALIANÇA: Dez mandamentos escritos em tabuas de pedra
-NOVA ALIANÇA: Dez mandamentos escritos no coração.

Êxodo 19:7,8 E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado.Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos…..

Não pense por um minuto que os 3 milhões de israelitas se reuniram em um só lugar para ouvir Moisés falar. Moisés não tinha um megafone gigante de pele de cabra que permitia que todos ouvissem sua voz.

Usaram o sistema 10/1000 e a informação da cadeia de comando, chegou até Moisés com a resposta do povo de Israel.

Aqui vimos outro padrão importante de Deus estabelecido. Primeiro, Deus nos conscientiza da SUA presença. Segundo, ele faz uma pergunta: você vai ouvir, obedecer e me seguir?

Terceiro, se respondermos que sim, ele entra em um relacionamento conosco e começa a nos familiarizar com a SUA vontade para nossas vidas. Se respondermos não, a conversa acabou …

Uma vez que os judeus disseram “SIM” a Deus, ELE agora iria expor Sua vontade a eles.

É o mesmo procedimento para nós com Yeshua: estamos conscientes de Sua presença, então Sua oferta para ser nosso Senhor segue, e se por nossa própria escolha respondermos com um “sim”, ele entra em um relacionamento conosco e Ele nos guia de acordo com a SUA vontade.

Por que deveríamos pensar que o princípio de estabelecer um relacionamento com o Eterno seria diferente para nós hoje, do que para Israel, no Monte Sinai, cerca de 3400 anos atrás?

O tempo é irrelevante para Deus. Deus é Eterno e imutável. Deus não estabeleceu esses padrões para mudar tudo para nós mais tarde.

Embora, ao ouvir alguns líderes, possamos pensar que foi exatamente isso que ELE fez; Ele fez uma oferta baixa e defeituosa à Humanidade  e depois a substituiu por uma melhor.

É esse o caráter de D’us? É hora da Igreja perceber isso; e perceber que a Torá e o Antigo Testamento têm tanto peso quanto sempre teve.

O próprio Yeshua ensinou que nenhum elemento, nem o menor possível, foi removido da Torá com o seu advento, e que aqueles que ensinam que alguns desses elementos foram removidos devem ser considerado, Menores no Reino dos Céus! 

Êxodo 19:9 E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao Senhor.

Por que Deus queria que todos o ouvissem? Para crerem em Moisés.

Apesar de tudo o que D’us havia feito por meio de Moisés, ELE sabia que as pessoas seriam céticas em relação às leis e mandamentos que Moisés lhes apresentaria se não os ouvissem da boca de Deus.

 Êxodo 19:16 E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.

 וַיְהִי בַיּוֹם הַשְּׁלִישִׁי בִּהְיֹת הַבֹּקֶר, וַיְהִי קֹלֹת וּבְרָקִים וְעָנָן כָּבֵד עַל-הָהָר, וְקֹל שֹׁפָר, חָזָק מְאֹד; וַיֶּחֱרַד כָּל-הָעָם, אֲשֶׁר בַּמַּחֲנֶה.

Esta palavra é COLOT, que é o plural de COL קול que significa voz.

Mas a palavra Vozes se escreve:  קולות

Faltam as duas letras Vav. Segundo o midrash bíblico os dois Vavs representam duas faces do Eterno. Uma é chamada

Ruach  רוּחַ       que significa vento ou espírito e a outra representa a Água   מַיִם

A letra Mem é a representação do  Mashiar   מִשִּׂיחַ  aquele que trará o espírito. Estas duas vozes se mostrando a uma terceira voz. E é por isso que a palavra Qolot está faltando os dois vavs.

Por isso os sábios do Talmud dizem que as duas vozes que deram a Torá a Israel, se unirão em uma única voz celestial quando Yeshua voltar.

Pense havia a Qol do Mashiar e havia a Qol do Espírito Santo, que se juntaram a Qol do Eterno que forneceu para Israel a Sagrada Torá. O Mashiach estava lá no Sinai? Claro que sim.

O Espirito Santo estava lá no Sinai? Claro que sim.

Nossa responsabilidade é ouvir estas vozes novamente. A Qol de Yeshua, a Qol do Espirito Santo,que nos levará para a Qol de Hashem.

E qual o veiculo para se fazer isso?Yeshua morreu e ressuscitou no terceiro dia,esta é uma imagem para termos confiança no Messias.

Se depositarmos nossa confiança na Qol,de Yeshua, isto irá nos levar a ouvir as Qolot, a Qol do Pai,e a do Espírito Santo, e é por isso que a palavra Qolot está escrita de modo diferente.E o Messias estava lá para dar a Torá a Israel.

Agora, antes de Deus Lhe dar Seus mandamentos e ensinamentos, Ele instruiu Moisés que as pessoas deveriam ser purificadas.

Eles tiveram que purificar a si mesmos e suas roupas, lavando-as. E, no terceiro dia após o início do processo de purificação, então Deus os abordaria.

Agora, apesar de terem se purificado, eles não podiam se aproximar do lugar onde Deus habitava: o Monte Sinai. D’us instruiu Moisés que eles deveriam construir uma cerca, entre o chão do deserto e o inicio da montanha.

Aqui temos o princípio de Deus de que existe uma barreira entre Deus e o Homem, entre a Terra e o Céu. Só podemos estar na presença de D’us se estivermos puros.

E perceba que, apesar da purificação externa que os israelitas fizeram, quando lavaram suas roupas, isso não foi suficiente para atravessar aquela cerca, aquela barreira e permanecer na Terra Santa.

Mesmo que o ritual de lavagem que eles fizeram fosse simbólico era apenas uma purificação externa.

NÃO foram purificados espiritualmente; é simplesmente uma lição, um ensinamento, que aponta para a única maneira de sermos purificados espiritualmente: somente pelo sangue de Yeshua.

Deus disse a Moisés que no momento apropriado, ele tocaria o Shofar para chamar Moisés e o povo e então Ele seria visível na forma de uma espessa nuvem no topo do monte Sinai.

De repente, a nuvem se forma e um Shofar é ouvido do topo da montanha. E a montanha estremece pela presença de Deus.

Moisés fala ao Deus Todo-Poderoso, e Yehová responde a ele com uma voz que todas as pessoas ouviram e entenderam.

Ele também diz a Moisés que avise aos sacerdotes que é melhor que eles se santifiquem adequadamente como o povo havia feito. E, que, leve Aaron com ele quando voltar.

Agora, vemos outro princípio de Deus que ocorrerá na construção do Tabernáculo do Deserto, SOMENTE o Sumo Sacerdote,  pode entrar no Lugar Santíssimo de Deus.

capítulo 20  Os dez mandamentos são o código religioso e moral mais famoso da história.  As tábuas gêmeas com seus dez mandamentos são o símbolo duradouro da lei eterna sob a soberania de Deus.

No entanto, também faz sentido vê-los como três grupos de três. Os três primeiros (um Deus, nenhum outro Deus, não leve o nome de Deus em vão) são sobre Deus, o Autor e a Autoridade das leis. 

O segundo conjunto (manter o Shabat, honrar os pais, não matar) trata da criação. O Shabat nos lembra o nascimento do universo. Nossos pais nos trouxeram à existência. O assassinato é proibido porque todos somos criados à imagem de Deus (Gênesis 9: 6). 

Os três terceiros (não cometer adultério, não roubar, não prestar falso testemunho) são sobre as instituições básicas da sociedade.

Montei esta estrutura pois serve para enfatizar o estranho  décimo mandamento:

Exodo 20:17:  “Não tenha inveja da casa de seu vizinho”. Não tenha inveja da esposa, do escravo, da empregada, do boi, do burro ou de qualquer outra coisa que seja do seu vizinho.

 Inveja, cobiça, desejar o que alguém tem é um sentimento, não um pensamento, ou uma ação. Então, como a inveja pode ser proibida? 

De qualquer forma, por que a inveja importa se não leva a algo prejudicial para outras pessoas?

Diz uma teoria (cognitivo-comportamental), que o que acreditamos afeta o que sentimos.

A inveja é um dos principais impulsionadores da violência na sociedade. Foi o que levou Caim a assassinar Abel. Foi o que levou Abraão e Isaque a temer por suas vidas quando a fome os forçou a sair de casa. Eles temeram que o governante local os mataria  para levar suas esposas para o harém.

O pior é a inveja que estava no coração dos irmãos por Jose. Eles se ressentiram de seu tratamento especial de seu pai, da capa bordada e de seus sonhos de se tornar o governante de todos. 

Foi isso que os levou a planejar sua morte e a vendê-lo como escravo.

René Girard, em seu livro Violência e o Sagrado , diz que a causa mais básica da violência é o desejo de ter o que alguém tem, que é, em última análise, o desejo de ser o que outra pessoa é. 

A inveja pode levar as pessoas ao adultério, roubo, falso testemunho e até assassinato. 

Os judeus têm razões especiais para temer a inveja. Certamente, desempenhou um papel na existência do anti-semitismo ao longo dos séculos. 

Os não-judeus invejavam os judeus por sua capacidade de prosperar na adversidade.

Estudamos a pouco tempo em Exodo que “quanto mais eles os afligiam, mais cresciam e mais se espalhavam”.

Eles também os invejavam por serem o povo escolhido por D’us. É absolutamente essencial que nós judeus, tenhamos uma medida extra de humildade e modéstia.

Portanto, a proibição da inveja não é tão estranha. Não apenas D’us a proíbe; mas também nos ajuda a supera-la.

São precisamente os três primeiros mandamentos, lembrando-nos da presença de Deus na história e em nossas vidas, que nos ajudam a superar a inveja.

Estamos aqui porque Deus queria que estivessemos. Nós temos o que Deus queria que tivéssemos. Por que então devemos procurar o que os outros têm? 

Se o que mais importa em nossas vidas é a maneira como aparecemos aos olhos de Deus, por que deveríamos querer outra coisa simplesmente porque outra pessoa a possui? 

É quando paramos de nos definir em relação a Deus e começamos a nos comparar em relação a outras pessoas que a cobiça e a inveja entram em nossas mentes, e elas levam apenas à infelicidade.

O antídoto para a inveja é a gratidão. “Quem é rico?” Perguntou Reb Ben Zoma e respondeu: “Alguém que se alegra com o que tem.”

Há uma bela prática judaica que, feita diariamente, é transformadora de vida. As primeiras palavras que dizemos ao acordar são Modeh ani lefanekha: “ Agradeço a ti, rei vivo e Eterno!“. Agradecer antes de pensar .

O judaísmo é gratidão pela atitude.  Quando nos permitimos celebrar o que temos, em vez de pensar no que as outras pessoas têm, e ser o que somos, em vez de querer ser o que não somos, liberamos um amor indescritível e verdadeiro por todos.

Faça um teste drive acorde pela manha e ao abrir os olhos, antes de pensar em algo diga: Agradeço a ti, rei vivo e Eterno! Ou :

Modeh ani lefanekha

2) Explicação HB. 8:10-13. O escritor se apropria da profecia de Jeremias para explicar a natureza e as provisões da nova aliança. Sob a nova aliança: 1) Deus coloca novas leis nos corações e mentes do povo (o que foi realizado por Cristo através do novo nascimento, estabelecendo assim a nova aliança como uma aliança de relacionamento). 2) Ele estabelece um novo relacionamento com eles – E eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 3) O povo tem uma nova função – ensinará . . . cada um ao seu próximo. . . Conhece ao Senhor (v. 11). 4) E a verdade de Deus tem um novo alcance – todos me conhecerão. 5) Uma nova purificação é providenciada, com o perdão dos pecados e iniqüidades por meio de Cristo, o sacrifício e a garantia da nova aliança (v. 12). O velho é substituído pelo novo, e o velho está no ponto de desaparecer completamente (v. 13).