PARASHAT MATOT
Números – Bamidbar (Nm: 30:1-32:42)
Jr 1:1-2:3,
Jo 1:1-51
MATOT= TRIBOS Conjunto de clãs com um único ancestral em comum.
Israel tem quantas tribos? 12. Se considerarmos a tribo de Levi a resposta é 13.
Números 30
1 Depois disse Moisés aos cabeças das tribos dos filhos de Israel: Isto é o que o Senhor ordenou:
2 Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou jurar, ligando-se com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que sair da sua boca fará.
Deuteronômio 23:23
O que saiu dos teus lábios guardarás, e cumprirás, tal como voluntariamente votaste ao Senhor teu Deus, declarando-o pela tua boca.
Esta porção inicia-se com uma discussão das leis sobre: promessas נדרים (nedarim) e juramentos שְׁבוּעוֹת ( sh’vuot).
Nossos Sábios ensinam que quando falamos mal de outra pessoa, três pessoas são assassinadas: Aquele que fala; Aquele que ouve; Aquele de quem se fala.
Tudo isso está enraizado na abertura da Parashá, com o mandamento que se alguém fizer um voto; “não poderá quebrar a sua palavra, mas terá que cumprir tudo o que disse”
Quando juramos, quando fazemos uma promessa, nós nos comprometemos a algo maior do que nós. O nosso mundo é agora parte de um mundo maior por meio da linguagem.
Se um homem fizer voto (Neder: נֶדֶר) ou fizer um juramento (Shevuá: שְׁבוּעָה) não poderá quebrar a sua palavra. A expressão hebraica “quebrar sua palavra” significa literalmente “profanar a sua palavra” (יַחֵל דְּבָרוֹ). yichel d’varo
Afinal, quebrar a nossa palavra significa violar a integridade de quem somos, mostrando que o que nós dizemos e o que somos não estão unificados, e isso trás danos futuros a vida.
Se não podemos manter nossa palavra, ela se torna profana e vazia.
Esforcemo-nos para o nosso “sim”, ser “sim” e o nosso “não” ser “não”.
As palavras que dizemos, sejam boas ou ruins ou despercebidas, exige uma resposta no “reino espíritual”. Isto é sugerido pela palavra hebraica Davar (דָּבָר) “nada”, que também significa “palavra”.
As nossas verbalizações internas, palavras boas ou ruins, nossos pensamentos murmurantes, devem ser compreendidos como Devarim (דְּבָרִים), “nada” e que estão moldando e definindo o rumo da nossa vida agora.
Portanto, nos foi instruído: “Mais do que tudo, guarda o teu ‘coração porque dele são as ‘fronteiras da vida’ (תּוֹצְאוֹת חַיִּים). Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.” (Provérbios 4:23-24).
Nossas verbalizações internas e palavras proferidas são, em última análise orações. Na verdade, como pensamos determina a conduta da nossa vida.
Isaías 14
24 O Senhor dos exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.
Provérbios 23.7:
“assim como você pensa na sua alma, assim você é!
Temos que aprender a nos concentrarmos no que é digno. Portanto, “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador. Sm 19:14.
De acordo com os Sábios, a Tzara’at (“lepra espiritual”) é a punição por causa da maledicência – “Lashon haRá” (לָשׁוֹן הָרָה).
Usar discurso enganoso é “espiritualmente” perigoso, e, portanto, uma virtude fundamental da alma saudável é a prática de Shemirat haLashon (שְׁמִירַת הַלָּשׁוֹן), ou seja, “refrear a língua”.
Como foi ensinado: “… Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua de maledicências e os seus lábios da falsidade…” Sm 34:11-14. Isto implica que a nossa paz interior é conectada com o uso das palavras.
Se conscientemente abster-se de Lashon haRá (maledicência, calunia e etc) isto te aproxima da Presença Divina, enquanto o contrário te afasta.
Nossas palavras devem ser utilizadas para construir,reconstruir, edificar, e incentivar e elogiar os outros, não para derrubá-los.
Um juramento impõe uma obrigação àquele que faz o juramento. Um voto é, por definição, uma promessa condicional. Se acontecer tal coisa , então eles responderão com alguma ação predeterminada para completar o acordo.
Muitas vezes, em momentos de crise, imploramos a Deus e fazemos um voto a Ele, muitas vezes impensado e imprudente: “Oh, Senhor, eu vou à sinagoga todo semana se eu for curada “, ou” Eu prometo nunca falar palavrões novamente se a minha voz melhorar.
O problema é quee o o verso de Nm 30:3 diz: se uma pessoa fizer um juramento ou uma promessa, ele não deve quebrá-la; ele deve realizar tudo o que ele disse que faria.
Acho que às vezes fazemos tantas promessas ao Senhor que nem conseguimos nos lembrar do que prometemos. O problema é um só: o Senhor tem memória fotográfica e recordação perfeita de todas as promessas.
Na realidade, o versículo 3 diz que “se um homem” faz um voto; está se referindo ao homem especificamente porque no verso 4 diz: “Se uma mulher” faz um voto.
Então instantaneamente vemos que o Senhor olha para os votos de uma mulher de maneira diferente do que olha para os votos de um homem.
Os princípios dos quais vêm as leis sobre os votos, e como cada gênero é afetado, já estão bem estabelecidos na Torá: e é exatamente como uma criança se submeter aos pais, o homem ao Senhor , e a esposa ao marido.
Colocado de uma maneira um pouco menos irritante para a mulher, a esposa está sob a cobertura e a autoridade do marido, assim como o marido está sob a cobertura e a autoridade de Deus.
Os votos de uma criança ou de uma mulher vêm PRIMEIRO sob sua autoridade terrena ANTES de serem considerados válidos por sua autoridade celestial.
Nesta porção D’us decide que chegou a hora de vingar a honra de Israel e destruir seus inimigos, Ele ordena a Moshê que destrua os medianitas, permitindo que os moavitas escapem ilesos.
Por que os medianitas foram escolhidos para a destruição, enquanto que os moavitas, foram poupados?
Rashi explica que os moavitas agiram puramente por razões de auto-defesa , enquanto que os medianitas agiram pela ação de ódio sem causa por isso D’us quis vingança.
Rashi explica que esta punição é midá k’neged midá, מִדָּה כְּנֶגֶד מִדָּה
(medida por medida), Portanto, devemos enxergar este pecado de ódio injustificado como um assassino e combatê-lo com fervor.
A vitória sobre os Midianitas (Nm 31:6-12)
6 E Moisés mandou à guerra esses mil de cada tribo, e com eles Pinchas, filho de Eleazar, o sacerdote, o qual levava na mão os vasos do santuário e as trombetas para tocarem o alarme. 7 E pelejaram contra Midiã, como o senhor ordenara a Moisés; e mataram a todos os homens. 8 Com eles mataram também os reis de Midiã, a saber, Evi, Requem, Zur, Hur e Reba, cinco reis de Midiã; igualmente mataram à espada a Balaão, filho de Beor. 9 Também os filhos de Israel levaram presas as mulheres dos midianitas e os seus pequeninos; e despojaram-nos de todo o seu gado, e de todos os seus rebanhos, enfim, de todos os seus bens; 10 queimaram a fogo todas as cidades em que eles habitavam e todos os seus acampamentos;
11 tomaram todo o despojo e toda a presa, tanto de homens como de animais; 12 e trouxeram os cativos e a presa e o despojo a Moisés, a Eleazar, o sacerdote, e à congregação dos filhos de Israel, ao arraial, nas planícies de Moabe, que estão junto do Jordão, na altura de Jericó.
Esta guerra foi regida por leis extraordinárias:
1.Não lhes dê opção de fazerem paz. Apesar de outras nações não poderem ser atacadas sem aviso prévio, ataque os midianitas imediatamente.
DT 20:10-14
10 Quando te aproximares duma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás paz 11Se ela te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar nela será sujeito a trabalhos forçados e te servirá,12 Se ela, pelo contrário, não fizer paz contigo, mas guerra, então a sitiarás,13 e logo que o Senhor teu Deus a entregar nas tuas mãos, passarás ao fio da espada todos os homens que nela houver; 14 porém as mulheres, os pequeninos, os animais e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás por presa; e comerás o despojo dos teus inimigos, que o Senhor teu Deus te deu.
- Ao sitiar suas cidades, destrua as árvores frutíferas.
A Torá proíbe os judeus de cortarem as árvores frutíferas dos inimigos, ao sitiarem uma cidade (Dt 20:19). Os territórios pertencentes à Midian são exceções.
- No tocante a Midian, D’us fez outra exceção dizendo: “Na Torá, Eu ordenei que vocês sitiassem uma cidade apenas de três lados, deixando o quarto para escapar. Na guerra contra Midian, contudo, seus exércitos devem sitiar as cidades completamente.”.
Por que ordenou leis excepcionais para Midian?
Enquanto outras nações aspiravam exterminar os judeus fisicamente, essa nação tentou destruir a alma judaica seduzindo o povo a pecar.
Induzir outros a pecar é um crime pior que assassinato. Um assassino priva outrem de vida física. Aquele que leva outros a um pecado abominável a D’us, priva-os da vida eterna.
Os judeus mataram os homens midianitas e fizeram prisioneiras as mulheres e crianças. Nem um israelita pereceu na guerra. Era verdadeiramente um milagre, pois o inimigo era mais numeroso e muito mais forte.
O exército retorna e Moisês repreende os generais:
Nm 31:15-18 E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de transgredir contra o Senhor no caso de Peor; por isso houve aquela praga entre a congregação do Senhor. Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele. Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós.
Purificaçao dos soldados:
Nm 31:19-24
19 Acampai-vos por sete dias fora do arraial; todos vós, tanto o que tiver matado alguma pessoa, como o que tiver tocado algum morto, ao terceiro dia e ao sétimo dia purificai-vos, a vós e aos vossos cativos.
20 Também purificai-vos no tocante a todo vestido, e todo artigo de peles, e toda obra de pelos de cabras, e todo utensílio de madeira.
21 Então Eleazar, o sacerdote, disse aos homens de guerra que tinham saído à peleja: Este é o estatuto da lei que o Senhor ordenou a Moisés: 22 o ouro, a prata, o bronze, o ferro, o estanho, o chumbo,23 tudo o que pode resistir ao fogo, fálo-eis passar pelo fogo, e ficará limpo; todavia será purificado com a água de purificação; e tudo o que não pode resistir ao fogo, fá-lo-eis passar pela água.24 Também lavareis as vossas vestes ao sétimo dia, e ficareis limpos, e depois entrareis no arraial.
Os despojos de guerra são divididos :
Apenas os cativos e o gado eram divididos. Os utensílios e jóias conquistados permaneciam com os soldados. Cada soldado podia ficar com o que recolhera. Não obstante, os soldados doavam voluntariamente parte dos utensílios e jóias ao Templo (Mishcan.).
As tribos de Reuven e Gad desejam se estabelecer a leste do Rio Jordão
As tribos de Reuven e Gad se tornaram ricas na guerra contra Midian. Tinham grandes rebanhos de ovelhas.
Estas tribos enviaram mensagens a Moshê, solicitando: “ assentar à margem leste do Rio Jordão, em vez de cruzá-lo até Israel. Os campos aqui são largos e abertos. Serão excelentes para pastagem de ovelhas
“Moshê, sabemos que não nos levará até Israel. Você morrerá do lado leste do Rio Jordão. Deixe-nos ficar aqui, também.” Ouvindo este pedido, Moshê sentiu-se infeliz. Respondeu:
“Vocês são duas tribos fortes. Se ficarem a leste do Rio Jordão, Israel pensará que vocês estão temerosos de lutar com os canaanitas. Isto os desencorajará de conquistar o país. Podem também pensar que Israel não é especial se vocês não desejam um pedaço da terra.
“Estão repetindo o pecado dos espiões! Por causa deles, a geração inteira vagou pelo deserto durante quarenta anos e lá morreu. Se afastarem-se de D’us, ainda farão com que os judeus permaneçam no deserto por mais quarenta anos.”
Os emissários de Reuven e Gad responderam: “Não permaneceremos aqui enquanto Israel luta com os canaanitas. Deixe-nos construir abrigos para nossos rebanhos e cidades para nossas famílias.
Deixaremos nossas mulheres e crianças neste lado do Jordão enquanto nós – os homens – marchamos com vocês para lutar. Permaneceremos não apenas até que a guerra tenha fim, mas até que a terra seja dividida para Israel.
”Quando Moshê ouviu estas palavras, concordou. Disse-lhes: “Construam cidades para suas famílias e abrigos para os rebanhos a leste do Rio Jordão.” Reuven e Gad tinham posto o gado em primeiro lugar. Moshê insinuou a eles que estavam pensando mais no rebanho que nos seres humanos. Parecia que atribuíam maior importância às posses que aos filhos.
Moshê continuou: “Se você mantiverem sua palavra e ajudarem Israel a lutar até que a conquista seja efetuada, receberão suas porções a leste do Rio Jordão. Mas se quebrarem sua promessa, não receberão nenhuma terra a leste do Jordão.”
Quando as duas tribos requisitaram terra a leste do Jordão, cometeram um erro. Pensaram que não haveria pasto suficiente para seu rebanho em Israel. Isso não era verdade. D’us criou Israel de forma tal que fosse grande o suficiente para o povo e seus pertences.
Na época de Yehoshua, as tribos de Reuven e Gad cumpriram fielmente a promessa de lutarem na frente de batalha. Durante quatorze anos, até que a Terra tivesse sido distribuída, ficaram longe da família.
Talmud comenta que ao entrarem em Israel perceberem quão abençoada e fértil é a terra, então disseram: Teria sido melhor recebermos uma pequena porção em Israel que uma com o dobro do tamanho do outro lado do Jordão!
Entretanto, como viviam tão afastados do restante de Israel, seu cumprimento de Torá tornou-se mais fraco que o da maioria dos que viviam em Israel.
Está escrito sobre as tribos de Reuven e Gad:
Uma herança pode ser tomada avidamente no princípio, porém seu fim não será abençoado” (PV 20:21).
Separados de seus irmãos e vivendo longe do centro espiritual, declinaram espiritualmente antes de outras tribos.
Todos nós somos influenciados pelos que nos cercam. Se estivermos próximos aos que são praticantes das Escrituras, nos tornaremos fortalecidos em nossa obediência.
As tribos de Reuven, Gad, e metade da tribo de Menashê ergueram cidades para suas famílias, e estábulos para o gado na margem leste do Jordão.
Eu gostaria de terminar abordando a preocupação de alguns com o Antigo Testamento pois há uma tremenda quantidade de mortes e derramamento de sangue ordenado pelo Deus de Israel sobre os inimigos de Israel .
Alguns até disseram abertamente que não podem enquadrar o Deus do Antigo Testamento com o Deus do Novo; um deus que leva Israel a ser uma nação vitoriosa a custa de muito sangue contra um deus que se sacrifica, humildemente, por todas as nações.
No entanto, ninguém nega que vemos esses dois atributos de Deus em nossa Bíblia. Nosso problema então não é de inteligência, é de fé; queremos o Deus que nossas sensibilidades humanas prefeririam ter, em vez do D’us que Ele é.
Então nós unilateralmente declaramos que o Deus do Antigo Testamento se transformou no Deus do Novo Testamento; não porque isso é o que a Palavra de Deus diz, mas porque ficamos mais confortáveis com isso.
E essa tendência é, na verdade, tanto a causa quanto a definição da palavra idolatria.
Um ídolo é a imagem física de um deus que vem das mentes dos homens, moldado com atributos de acordo com as filosofias humanas, características e desejos humanos.
Quando adoramos esses atributos e características em vez do Deus das Escrituras Sagradas isso passa a ser adoração a ídolos.
Não há como contornar isso; ao tentarmos encontrar várias maneiras de humanizar o Eterno, nós degradamos a imagem de D’us. Sim, humanizar a Deus é abaixar e contaminar Sua glória.
Então, tentar identificá-lo conosco é um insulto de proporções gigantescas à Sua essência divina incomparável. Mas realmente essa tentativa de humanizar Deus é apenas o próximo passo da Nova Era para retornar ao velho mundo do gnosticismo.
O primeiro passo foi derrubar os seres humanos para desumanizar a humanidade, de modo a ser mais igual aos animais. Isso foi completamente realizado quase que universalmente, exigindo que o evolucionismo darwiniano fosse ensinado e aceito como fato indiscutível.
A ideia pregada, é que não fomos criados por Deus, mas simplesmente evoluímos de animais e, portanto, nada mais somos do que outra espécie de animal.
Deus está acima dos humanos, e os humanos estão acima dos animais de acordo com nossos Textos Sagrados. Mas o movimento da Nova Era zomba disso, procurando tornar D’us igual aos humanos, e os humanos iguais aos animais.
Igrejas e pastores de todo o mundo se apaixonaram por esse engano do inferno, vendo o Eterno mais como um bondoso vôvô, e menos como o Poderoso Criador e Rei que está acima de todas as coisas e exige nossa fidelidade e obediência a Ele.
Isso é idolatria da era moderna. Não é absolutamente diferente de moldar pequenas figuras de deus ou deuses e se curvar a elas. Estão fazendo D’us em uma imagem para nossa conveniência.
Os ídolos e imagens que lemos na Bíblia eram pessoas ou animais, não eram?
Todos os deuses tinham atributos humanos, eles festejavam, bebiam, faziam sexo e procriavam, preocupavam-se, podiam ser mortos, precisavam comer comida, podiam ser enganados e adoravam ser lisonjeados.
E se você sucumbiu a esse absurdo escondido da Nova Era disfarçado de literatura cristã, então precisa pensar novamente. Largue esses livros e pegue suas Bíblias.
Deixe de lado os romances e publicações cheios de prosa e meias verdades que fazem você pensar que isso o atrairá para mais perto do Senhor, quando na verdade isto simplesmente te afasta Dele,pois você está flertando com suas emoções e distorcendo a verdade.
Você PODE entender a Bíblia. Ela foi feita para humanos normais entenderem. Mas mais do que entender a Palavra de Deus, devemos crer e segui-la. E devemos crer em Deus como Ele é, e não como preferiríamos que Ele fosse.
Então eu acho engraçado que as mesmas pessoas que horrorizam pelo massacre dos midianitas, alegrem-se e levantam suas vozes em músicas sobre a vinda do Armagedom ,sobre a volta do MessiasYeshua e a aniquilação total, horrível e impiedosa dos bilhões de pessoas que formam as nações que não se submetem a D’us.
Aqui está uma coisa para se entender: primeiro, seja a Torá ou os Evangelhos, este é o mesmo D’us com os mesmos atributos e os mesmos princípios.
Em segundo lugar, em todos os momentos da história, O Eterno escolheu momentos para matar aqueles que não são Seus … às vezes, por retribuição divina, e outras vezes sacrificando-os por causa daqueles que são Dele.
E terceiro, o pior e mais horrível abate e derramamento de sangue de seus inimigos não está registrado no Antigo Testamento, está no nosso futuro.
Formas mais suaves de Sua ira e vingança divina aconteceram logo depois de Adão e Eva, aconteceu no Dilúvio, aconteceu na era dos Patriarcas, aconteceu na Páscoa no Egito, e está acontecendo aqui em Números com os midianitas.
Mais tarde, na Bíblia, muita matança ordenada por Deus acontecerá quando Israel invadir Canaã; mais tarde ainda com David quando expande seu reino.
Nós eventualmente leremos que quase 250.000 soldados assírios morreram durante a noite enquanto planejavam derrubar a Cidade Sagrada de Jerusalém, mortos pelas mãos do Eterno.
Nós, dos séculos XX e XXI, observamos como as nações que tentaram finalmente levar o povo judeu à extinção foram deixadas de lado, como o Senhor deu poder às nações que tentaram impedir tal coisa.
E lemos em nosso livro de Apocalipse no Novo Testamento como o nosso “Salvador suave e manso” retorna como um leão voraz e conduz os exércitos de D’us, com a espada na mão, como um chefe guerreiro invencível protestando contra os inimigos de D’us em uma guerra final.
Acabar com todas as guerras, será algo grandioso. Nós não temos um D’us que mate alegremente; nos é dito que é Sua vontade que TODOS sejam salvos;
mas Ele destrói e continuará a destruir os seres humanos que Ele considera maus para alcançar Seus propósitos, e entre esses propósitos está a salvação de Israel e a proteção de todos aqueles que são Seus.
Mas aqui está a coisa que não devemos perder de vista: o Senhor sempre lida primeiro com o seu próprio povo e, em seguida, com aqueles de fora que perseguem o Seu povo.
Em outras palavras, os mesmos princípios fundamentais de Deus governaram Israel, assim como todas as nações da terra, e o principal desses princípios é que TODOS perecerão por seus pecados SE NÃO aceitarem a graça de Deus como uma rota de fuga.
Já lemos que milhares e milhares de israelitas foram mortos pelo Senhor por se rebelarem contra ele, assim como lemos sobre milhares de gentios sendo mortos pelo Senhor por se rebelarem contra ele.
A destruição em grande escala dos pecadores hebreus e gentios não é um princípio do AT que foi de alguma forma abandonado com o advento de Yeshua.
A justiça de Deus não terminou ao pé da cruz. Romanos 2 faz um grande esforço para explicar que o Senhor tratará judeus e gentios da mesma maneira, e os submeterá ao mesmo padrão, tanto na graça quanto na destruição.
Romanos 2: 5-10
Mas, por causa de sua teimosia e seu coração impenitente, você está armazenando ira para si mesmo no dia da ira e revelação do justo julgamento de Deus, 6 que entregará a cada um segundo suas ações: 7 para aqueles que pela perseverança em fazer o bem, busca a glória, a honra e a imortalidade, a vida eterna; 8 mas para aqueles que são egoisticamente ambiciosos e não obedecem à verdade, mas obedecem à injustiça, ira e indignação. 9 Haverá tribulação e angústia para toda alma do homem que faz o mal, primeiro para o judeu e também para o grego, 10 mas para glória e honra e paz para todo homem que faz o bem, primeiro para o judeu e também para o grego.
Assim, no que diz respeito à lição de hoje: vamos relembrar o que acabamos de ler em alguns capítulos anteriores, que os homens hebreus aceitaram a oferta das mulheres moabita e midianita de se misturarem com elas; para se envolver em sexo imoral e na idolatria.
O crime aqui, no entanto, aos olhos do Senhor é realmente adultério; o Senhor Deus é o marido de Israel, mas a noiva está tendo um caso com outro deus.
A lei diz que as conseqüências do adultério são a morte; então a justiça de Deus exigiu que mais de 24.000 israelitas morressem de uma praga divina devido ao adultério com o deus de Moabe.
Como é o princípio de Deus, depois que o Senhor terminou de lidar com o Seu próprio povo, Ele então se voltou para aqueles que NÃO são Seu povo para lidar com eles da mesma maneira.
Esse é o nosso contexto para o relato de Números 31, o extermínio de Midiã. Midian é um povo que NÃO é um povo de Deus e que intencionalmente afastou o povo de Deus.
Os dois primeiros versos do capítulo 31 trazem à luz que a guerra contra os midianitas é a vingança do Senhor, e é Israel quem deve executar essa vingança em favor de O Eterno.
Portanto, eles devem realizar esta Guerra Sagrada exatamente como Ele ordena. Primeiro, o Senhor ordenou que o exército NÃO batalhe usando todos os 600.000 homens de Israel; em vez disso, este grupo consiste apenas em 12.000 soldados escolhidos a dedo; 1.000 de cada uma das 12 tribos.
Segundo, o Senhor ordenou que Pinchas, filho de Eleazar, o Sumo Sacerdote, fosse o Sacerdote da Guerra nesta campanha. Em cada batalha, cada lado trazia seus sacerdotes como representantes de seu D’us; Israel não foi diferente.
Junto com esses sacerdotes, foram vários objetos rituais, incluindo shofars, para soar as várias instruções de batalha, da maneira que todos nós já vimos nos filmes.
Pinchas NÃO estava liderando o exército israelita; ele era basicamente o capelão, estava lá apenas para fazer serviço sacerdotal.
Mas podemos notar que foi Pinchas que foi com os 12.000; porque era Pinchas que espetou a mulher midianita e Zimri,que faziam sexo, matando os dois, e assim acabando com a praga que O Eterno trouxera a Israel .
O verso 7 simplesmente afirma que os israelitas entraram em campo contra Midiã e os aniquilaram; eles mataram todos até o último homem midianita. O resultado nunca esteve em dúvida; o Senhor foi à frente deles, foi o Seu exército, por isso foi uma vitória selada antes que eles pegassem uma lança ou uma espada.
Veja, há um princípio aqui que é facilmente compreendido, mas difícil para nós absorvermos: é que quando o Senhor envia Seus exércitos para a batalha, não é realmente uma disputa com uma série de resultados possíveis como é com exércitos seculares.
Não é uma situação em que estratégias e táticas, ou mesmo o tamanho dos exércitos que determinam os resultados.
Quando o Senhor envia Seus exércitos para a batalha, é simplesmente para testemunhar o que O Eterno já decidiu e que Sua Glória será demonstrada para ambos os lados.
De maneira nenhuma é uma luta justa em que o outro lado realmente tenha uma oportunidade de vencer.
D’us é soberano e Ele é que nos dá a vida e Ele tem direito de tira-la. Que o Eterno nos ajude a sermos coerentes e andarmos em unidade com Ele e com o seu povo!