Festas judaicas – Festa de Sucot

§ É a festa com maior significado profético

Dentre as três grandes festas comandadas por Deus, a Festa De Sucot (Tabernáculos) é a de  maior significado profético para o povo de D’us.

É comemorada no décimo-quinto dia do mês de Tishri, duas semanas após Rosh Hashanah.

§  Sucá (tenda)

Segundo os sábios, a Sucá é um símbolo da presença de D’us mesmo no mais humilde dos lares.

Eles também defendem que a Sucá representa nossa vida aqui na Terra, a qual é temporária e insegura, fazendo-nos lembrar do que nos aguarda nas regiões celestes…

§  As quatro espécies.

A Torá ordena que durante a celebração de Sucot, deve-se ter 4 espécies de ramos (Lv.23:40): “E ao primeiro dia tomareis para vos ramos de formosas arvores, ramos de palmeiras, de arvores espessas e salgueiro de ribeiras e vos alegrareis perante o Senhor por 7 dias.”

Lv 23:29:43)

“Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido do fruto da terra, celebrareis A FESTA do SENHOR por sete dias; no primeiro dia haverá descanso, e no oitavo dia haverá descanso.

 E celebrareis esta festa ao SENHOR por sete dias cada ano; estatuto perpétuo e pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas; Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o SENHOR vosso Deus.” (Lv 23:29:43)

Devarim 16:14-15 :  14 E na tua festa te regozijarás, tu, teu filho e tua filha, teu servo e tua serva, e o levita, o peregrino, o órfão e a viúva que estão dentro das tuas portas.15 sete dias celebrarás a festa ao Senhor  teu Deus, no lugar que o senhor escolher; porque o Senhor  teu Deus te há de abençoar em toda a tua colheita, e em todo trabalho das tuas mãos; pelo que estarás de todo alegre.   

16 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor  teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor;17 cada qual oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver dado.   

Lemos na Parashá Emor (Lv), sobre as festas anuais judaicas. Examinando-as cuidadosamente, no entanto, vemos que Sucot é singular.

Devarim 16:14-15 :  14 E na tua festa te regozijarás, tu, teu filho e tua filha, teu servo e tua serva, e o levita, o peregrino, o órfão e a viúva que estão dentro das tuas portas.15 sete dias celebrarás a festa ao Senhor teu Deus, no lugar que o senhor escolher; porque o Senhor teu Deus te há de abençoar em toda a tua colheita, e em todo trabalho das tuas mãos; pelo que estarás de todo alegre.

16 Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Não aparecerão vazios perante o Senhor;17 cada qual oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver dado.

Falando sobre as três festas de peregrinação – Pêssach, Shavuot e Sucot – Devarim fala sobre “júbilo”. Porém não o faz igualmente. No contexto de Pêssach, não faz referência a júbilo; no de Shavuot, fala sobre júbilo uma vez; mas em Sucot, fala duas vezes.

Foi essa dupla referência que deu a Sucot seu nome alternativo na tradição judaica: z’man shemechatano, “a época do nosso júbilo”. זְמַן שֶׁמֵּחֲתָנוֹ

O segundo aspecto estranho que aparece em Emor é que Sucot está associado há dois mandamentos(mitsvot). O primeiro:

39 Desde o dia quinze do sétimo mês, quando tiverdes colhido os frutos da terra, celebrareis a festa do Senhor por sete dias; no primeiro dia haverá descanso solene, e no oitavo dia haverá descanso solene.   40 No primeiro dia tomareis para vós o fruto de árvores formosas, folhas de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias. 41 E celebrá-la-eis como festa ao Senhor por sete dias cada ano; estatuto perpétuo será pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis.  (Lv)(Vayicrá 23:39-40)

Esta é uma referência aos ar’baah miyniym, אַרְבָּעָה מִינִים as “quatro espécies” – ramo da palmeira, fruta cítrica, murta e galhos de salgueiro – levados e balançados em Sucot.

A segunda ordem é bem diferente: 42 Por sete dias habitareis em tendas de ramos; todos os naturais em Israel habitarão em tendas de ramos 43 para que as vossas gerações saibam que eu fiz habitar em tendas de ramos os filhos de Israel, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus. 44 Assim declarou Moisés aos filhos de Israel as festas fixas do Senhor.    (Vayicrá 23:42-43)

Esta é a ordem para deixarmos nossa casa e morarmos na habitação temporária que dá seu nome a Sucot: nas quais os judeus viveram durante sua jornada através do deserto, é um lembrete anual das casas temporárias.

Nenhuma outra festa tem este simbolismo duplo. Não apenas as “quatro espécies” e o Tabernáculo são diferentes em caráter; eles são até mesmo aparentemente opostos um ao outro.

As “quatro espécies” e os rituais associados são sobre a chuva. Eles foram, diz Maimônides , os produtos mais facilmente disponíveis da terra de Israel, e eram lembretes da fertilidade da terra.

Em contraste, a ordem de morar durante sete dias em cabanas, com apenas folhas no telhado, pressupõe a ausência de chuva.

A diferença vai mais além. Por um lado, Sucot é a mais universal das Festas. O Profeta Zacarias previu o dia em que será celebrado por toda a humanidade:

“O Eterno será Rei sobre toda a terra. Naquele dia o Eterno será um, e Seu nome o único nome… Então os sobreviventes de todas as nações que atacaram Jerusalém irão ano após ano para adorar o Rei, o Eterno Todo Poderoso, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos. Se algum dos povos da terra ano for a Jerusalém para adorar o Rei, o Eterno Todo Poderoso, eles não terão chuva. Se o povo egípcio não for até lá tomar parte, eles não terão chuva.” (Zecharyah 14:9, 16-17)

Os Sábios interpretaram o fato de que setenta touros foram sacrificados no decorrer da Festa (Nm)(Bamidbar 29: 12-34) como referindo-se às setenta nações (o número tradicional de civilizações).

Seguindo as pistas em Zacarias, eles disseram que ‘Na Festa [de Sucot], o mundo é julgado na questão da chuva’ (Mishná, Rosh Hashana 1:2). Sucot é sobre a necessidade universal da chuva.

Ao mesmo tempo, no entanto, é a mais singular das Festas. Quando nos sentamos na sucá e relembramos a história judaica – não apenas os quarenta anos vagando pelo deserto, mas também toda a experiência do exílio.

A sucá é definida como “habitação temporária”. É um símbolo poderoso da história judaica. Nenhuma outra nação pôde ver seu lar não como um castelo, ou uma fortaleza , mas como um frágil tabernáculo.

Nenhuma outra nação nasceu, não em sua terra, mas no deserto. Sucot é a Festa de um povo como de nenhum outro, cuja única proteção é sua fé nas asas protetoras do Eterno.

No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. (João 7:37,38).

Durante a Festa de Sucot os sacerdotes realizavam várias cerimônias cheias de símbolos e significados.

Durante os sete dias da Festa eles ofertavam 70 bois, 98 cordeiros, 14 carneiros e 7 bodes no altar do templo. No último dia eles davam sete voltas aos redor das ofertas e depois derramavam água sobre o altar, lavando o sangue dos animais e profetizavam sobre as chuvas.

Elias também fez um Ato Profético que lembra esta cerimônia, pois ele colocou um novilho no altar e derramou água ao redor e Deus enviou as chuvas (1 Rs 18).

Nesta cerimônia em que se derramava água no altar, os sacerdotes tiravam água do Tanque de Siloé e levavam ao templo. O sumo sacerdote ia a frente, levando um jarro de ouro, cheio de água e em seguida, a derramavam em torno do altar.

Quando os sacerdotes se aproximavam da porta das águas, o shofar era soprado, seguido pelo canto dos salmos de louvor e ação de graças a Deus pela colheita.

A água derramada no altar se encontrava com o sangue dos novilhos e dos cordeiros oferecidos durante a festa, sete dias de ofertas, o sangue e a água juntos ali ao pé do altar.

Quando a cerimônia era realizada, todos oravam pedindo chuva, pois estavam “sedentos”. No tempo de Jesus, as orações das águas estavam firmemente estabelecidas no festival.

Água e sangue desciam por toda cidade de Jerusalém, saindo do templo e tocando todas as ruas da cidade santa, levado esperança e cura por onde passava, desaguando no rio Jordão renovando a vida, avivando os que estavam abatidos.

Durante seis dias consecutivos, a procissão da água ocorria uma vez a cada manhã. No sétimo dia, ela era repetida sete vezes

Yeshua declarou que todos aqueles que estão sedentos devem vir até Ele! As palavras de Yeshua são claras e não precisa de muita explicação.

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, “do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:38.

Que referência do AT Yeshua tem em mente aqui? Yeshua é retratado no Evangelho de João como o tabernáculo (João 1:11) e templo (João 2:13-25).

Devemos atentar aos textos que ligam o Templo com a Festa dos Tabernáculos, onde essa discussão está ocorrendo.

Uma vez que consideramos a água do AT e os temas relacionados à salvação explicitamente ligados ao templo, o Rio de Ezequiel, é uma referência em particular,pois começa no altar e toca toda cidade (Ez. 47:1-13), e esta é apenas uma das muitas referências de Ezequiel no Evangelho de João.

O texto de Ezequiel descreve o futuro templo do qual flui um rio de água viva (Ez. 47:1). O anjo que acompanhava Ezequiel mediu as águas, que se tornavam cada vez mais profundas (Ez.47 :3-6).

A região do deserto junto ao Mar Morto irá florescer. Devido a este rio de água viva, o deserto sem vida será transformada em um lugar de vida e de cura (Ez.47 :7-12).

O que é ainda mais emocionante é que uma passagem paralela a esta do texto de Ezequiel é encontrada em Zacarias 14:14-20.

Lemos sobre uma batalha, depois que os rios de água viva começam a fluir em duas direções (oeste e leste) do Templo de Jerusalém.

Quando a batalha termina e o D’us de Israel surge como o vencedor, as nações derrotadas e sobreviventes (que lutaram contra Jerusalém) virão todos os anos a Jerusalém para celebrar a Festa dos Tabernáculos diante da face do Senhor (Zc.14:16).

E foi nesta sequência que Yeshua se levantou e proclamou que as palavras dos profetas Ezequiel e Zacarias se cumpriram totalmente n’Ele.

É interessante registrar que nos dias de hoje, com o Ato Profético de Sucot, Deus continua abençoando o seu povo e a Sua Terra com Prosperidade em todos os sentidos, e é considerada a agricultura mais desenvolvida do mundo.

Nós também estamos comemorando Sucot/Tabernáculos e devemos consagrar nossas vidas ao Senhor e também seremos abençoados com prosperidade e chuva.

Eu creio no Ato Profético realizado na Festa de Sucot e cumprindo todos os anos este mandamento nosso Estado e nosso Pais poderá bater recordes  em produção de alimentos.

Neste dia que celebramos esta Grande Festa eu desejo Paz e Prosperidade  a todos e em todos os sentidos, em nome de Yeshua.